Con prólogo de Mario Maestri y León Pomer
“Convencido do poder indiscutível de suas armas, o Estado imperial estrearia na tradicional diplomacia da canhoneira, ao enviar contra o então militarmente quase desprotegido Paraguai a talvez mais poderosa armada do Império que jamais navegara fora das águas territoriais do Brasil. Dezenas de navios de guerra e de apoio, centenas de poderosos canhões, milhares de marinheiros e de soldados partiram do Rio de Janeiro em direção a Asunción, no coração da América do Sul. […]»
Sem arredar pé de suas obrigações profissionais, Fabiano Barcellos Teixeira aceitou com galhardia o difícil repto de abraçar o estudo da expedição imperialista naval brasileira de 1854-5 contra o Paraguai, quase não tocada pela historiografia brasileira, […]
Com segurança, iluminou com sua investigação e narrativa aspectos fundamentais dos antecedentes, dos sucessos, das decorrências, da recepção historiográfica daqueles determinantes fatos. Sem qualquer apoio financeiro, deslocou-se ao Paraguai, identificando valiosa e desconhecida documentação sobre os sucessos no Arquivo Nacional de Asunción.
Fabiano Barcellos Teixeira estreou nas artes de Clio contribuindo em forma significativa para a historiografia brasileira e platina. Completou o ciclo de sua importante aventura cultural, oferecendo aos leitores sua dissertação, que tive o privilégio de dirigir, sob forma de livro, praticamente sem retoques, publicada sob o título A primeira guerra do Paraguai: a expedição naval do Império do Brasil a Assunção, em bela edição, pela Editora Méritos, de Passo Fundo (www.meritos.com.br).”
A Primeira Guerra do Paraguai
Méritos Editora e Fabiano Barcellos Teixeira lançam A Primeira Guerra do Paraguai: a expedição naval do Império do Brasil a Assunção (1854-5) na 26ª Feira do Livro.
No dia 10 de novembro de 2012, às 18 horas, na 26ª Feira do Livro de Passo Fundo, o autor Fabiano Barcellos Teixeira lançará a obra A Primeira Guerra do Paraguai: a expedição do Império do Brasil a Assunção (1854-5), com pareceres de Mário Maestri e um prólogo em espanhol de León Pomer, representa uma significativa contribuição para a historiografia brasileira e platina.
Saiba mais sobre o livro:
O primeiro capítulo contextualiza a construção da política expansionista do império do Brasil sobre os países platinos do Cone Sul. Disserta brevemente sobre a formação do Império, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, entre 1810 e 1850, pois os referidos países platinos foram envolvidos na expedição analisada.
No Capítulo 2, analisam-se as relações diplomáticas entre o Império e o Paraguai, os dois grandes protagonistas do problema da pesquisa, no período de 1844 a 1853. Examinam-se a aproximação diplomática entre os dois países e a posterior ruptura, com a expulsão do ministro imperial de Assunção, em agosto de 1853, que precipitou o envio da expedição imperial no ano seguinte.
No Capítulo 3, Fabiano Barcellos Teixeira aborda os estudos que se referem à expedição imperial, ou seja, a sua historiografia. Realiza, igualmente, uma concisa revisão bibliográfica, concomitante à narrativa sobre as primeiras informações acerca da missão. O autor destaca, nessa altura do trabalho, como as obras de história apresentam as informações sobre a expedição.
O Capítulo 4 apresenta uma análise das informações sobre a expedição imperial, utilizando, principalmente, cartas escritas por diplomatas, militares, comerciantes brasileiros e paraguaios durante a formação da expedição.
No Capítulo 5, avaliam-se as instruções confiadas ao comandante da expedição Pedro Ferreira de Oliveira e a capacidade bélica da esquadra imperial. Os armamentos da expedição são detalhados.
O Capítulo 6 aborda o itinerário da viagem da esquadra até o Paraguai, enfatizando as consequências nas relações diplomáticas entre os Estados do Prata. Também estuda a navegabilidade da esquadra imperial nos rios platinos.
No Capítulo 7, sção analisadas as conferências diplomáticas realizadas por Pedro Ferreira de Oliveira, chefe-de-esquadra e plenipotenciário imperial, e Francisco Solano López, ministro da guerra e encarregado da missão pelo Paraguai, de 3 a 28 de abril de 1855, em Assunção.
Por fim, no Capítulo 8, analisam-se o tratado de 27 de abril de 1855 e a sua recepção pelo governo imperial, no Rio de Janeiro. Finalmente, são discutidos os resultados da expedição e os significados que a missão teve, registrando-se a possível ligação da expedição naval imperial ao Paraguai de 1854-5 com a guerra ocorrida em 1864-70.
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